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Saiba o que é Blue Beam, teoria que reapareceu com os OVNIs pelo mundo


Ana Flávia Castro


O assunto objetos voadores não identificados (OVNIs) – que não necessariamente têm ligação com discos voadores – voltou aos holofotes após uma série de dispositivos pipocarem nos radares norte-americanos nos últimos dias.


Desde sexta-feira (10/2), governos dos EUA e Canadá afirmaram terem derrubado três desses artefatos, em uma disputa de narrativas com a China.


A falta de detalhamento sobre a função e origem desses objetos voadores abre espaço para especulações, em especial, ligadas a invasões alienígenas. Entre elas, a teoria sobre o projeto Blue Beam — que sugere a criação de “falsa ameaça interplanetária” para justificar uma dominação global, com verniz de conspiração e dominação ideológica.


Conforme a teoria, o projeto Blue Beam (Raio Azul, em tradução livre) seria um plano de elites políticas que planejam a implementação de um governo mundial totalitário para, a partir de um dispositivo da tecnologia avançada, simular uma falsa invasão alienígena ou uma espécie de “despertar religioso”.


O objetivo seria enganar as pessoas e estabelecer uma Nova Ordem Mundial.


Ou seja, diante de uma ameaça de tamanhas proporções, a população de todo o mundo iria aceitar um novo governo absoluto e uma nova religião, capazes de garantir a dominação da civilização humana a partir da manipulação pelo medo.


Alta tecnologia

A teoria foi criada pelo jornalista Serge Monast. Segundo ele, tal tecnologia estaria sendo desenvolvida pela Nasa (agência espacial dos EUA) em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU).


O dispositivo altamente avançado seria capaz de criar projeções a partir de hologramas tridimensionais nos céus, e emitir sons de baixa frequência, criando a ilusão de ameaça de outro planeta.


Segundo o criador, o projeto deveria ter sido implantado em 1983, o que nunca aconteceu. Então, foi reagendado para 1995 e, mais tarde, para 1996. Monast acreditava que o Blue Beam seria um sucesso por volta do ano 2000.


Atualmente, a trama é altamente popular na internet – considerado o cenário das teorias da conspiração –, em vários sites dedicados ao tema e uma lista extensa de vídeos no YouTube. Contudo, especialistas contestam que ela seja executável, uma vez que enganar o mundo inteiro não é tarefa simples.


O plano de Monast supõe que ninguém no mundo poderia perceber que a manipulação trata-se de um truque, o que é algo extremamente contestado por quem desacredita a teoria.




Procedimento “padrão"

Diferentemente do que podem sugerir teorias conspiratórias ou crédulos em invasão de outros planetas, o uso de balões para finalidades de monitoramento de outros países é um procedimento padrão, segundo o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.


“O que vimos nos Estados Unidos faz parte de um padrão em que a China e também a Rússia estão aumentando as atividades de vigilância dos aliados da Otan”, explicou Stoltenberg à imprensa, nesta segunda-feira (13/2).


O que sabemos sobre os OVNIs até agora

Autoridades norte-americanas suspeitam que, na verdade, os objetos voadores tratam-se de balões de espionagem da China. O gigante asiático, por sua vez, alega que são dispositivos de monitoramento meteorológico. Apesar da disputa de narrativas, a possibilidade de uma “nave alienígena” nunca foi considerada.


Segundo autoridades, quatro dispositivos voadores não identificados foram avistados nos últimos três dias. São eles:

  • O objeto do tamanho de um carro, encontrado na sexta-feira (10) e abatido enquanto voava sobre o Alasca;

  • No sábado (11), um objeto cilíndrico foi derrubado sobre o Canadá;

  • Outro objeto em forma octagonal foi abatido, no domingo (12), em um lago na fronteira entre EUA e Canadá;

  • Também no domingo (12), a China disse ter encontrado um OVNI na região da costa Leste.

O Pentágono trabalha com a informação de que os objetos voadores sejam versões menores do balão chinês derrubado na Carolina do Sul, em 4 de fevereiro.


Além dos quatro artefatos destruídos, há a suspeita de que outros artefatos estejam sobrevoando o continente. Integrantes do governo dos EUA afirmaram que há indícios de que um balão espião chinês teria sido avistado na América Latina e que, provavelmente, um terceiro está operando em algum outro lugar.

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