O QUE DIZ O PROTOCOLO JAPÃO SOBRE ENCONTRO COM OVNIS

Nicole D'Almeida
Os militares japoneses têm agora uma nova missão: relatar objetos não identificados no espaço aéreo japonês para analisar se representam uma ameaça à segurança do país. A decisão foi tomada nesta terça (15) pelo ministro da defesa do Japão, Taro Kono.
O protocolo foi criado após os EUA fundarem a Força-Tarefa sobre Fenômenos Aéreos Não Identificado no mês passado. Kono afirmou que não houve nenhum caso conhecido de ONVIs (objetos voadores não identificados) pela Força de Autodefesa do Japão.
O protocolo tem como objetivo melhorar a compreensão sobre OVNIs, analisando sua natureza e origens. Além disso, a intenção é desenvolver um protocolo em caso de os militares se depararem com esses objetos algum dia.
Não é de agora
Não é a primeira vez que o Ministério da Defesa japonês se pronuncia sobre o assunto. Em 2015, o departamento afirmou que nunca havia encontrado espaçonaves alienígenas.
Entretanto, o ex-secretário-chefe do gabinete, Nobutaka Machimura, acreditava na existência de tais objetos, seguido pelo ex-ministro da defesa, Shigeru Ishiba, que também não via nenhuma razão para negar OVNIs controlados por forma de vida alienígena.
Movimento dos EUA
No início deste ano, o Pentágono divulgou três vídeos gravados nos quais é possível ver objetos não identificados correndo o céu. Essas filmagens feitas por pilotos da marinha estadunidense, em 2004 e 2015, já haviam sido vazadas anteriormente, mas só foram oficializadas pelo governo em abril.
Com a criação do novo órgão (Força-Tarefa sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados) em agosto, é possível esperar uma maior transparência do governo sobre o tema. De acordo com uma publicação de julho do New York Times, os EUA querem tornar público todos os objetos voadores não identificados descobertos pelo Departamento de Defesa.
Muito além de caça a alienígenas
Ao pensar em OVNI logo vem à mente alienígenas ou seres extraterrestres. Entretanto, o conceito vai além disso, pois engloba qualquer espaçonave não conhecida.
Elas poderiam ser até de aliens, mas a criação do departamento nos EUA e o protocolo no Japão não está à procura de seres extraterrestres. Os países estão mais preocupados com ameaças externas, ou seja, de outros governos e com novas tecnologias capazes de ameaçar seus territórios