O céu não é o limite!

Na mesma semana em que satélites Starlink ficaram visíveis no céu noturno brasileiro, com muita gente especulando que se tratariam, na verdade, de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), luzes e barulhos no céu de Magé, no Rio de Janeiro, foram relatados nas redes sociais — e houve um bafafá enorme porque o suposto objeto teria caído no distrito de Pau Grande.
Os memes não demoraram a chegar, e a hashtag #paugrande foi parar nos Trending Topics do Twitter. Contudo, apesar de não ter surgido uma explicação definitiva para as luzes supostamente estranhas e seguidas de barulhos no céu, as autoridades locais negaram a ocorrência de qualquer fenômeno incomum na região, negando também que algum objeto tivesse caído do céu por lá.
Vale lembrar que, alguns dias antes, um foguete chinês caiu no Oceano Atlântico de forma descontrolada. Além disso, também alguns dias antes do "OVNI de Pau Grande", o estágio superior de um foguete russo explodiu no espaço, com destroços caindo no Oceano Índico. Então, se alguma coisa de fato caiu em Magé, é mais provável que tenha sido um detrito de algum desses eventos, já que a SpaceX não relatou a perda de nenhum de seus satélites enquanto passavam pelo nosso país.
Chuva artificial de meteoros causada pela NASA?
No ano que vem, a NASA vai lançar a missão DART rumo ao asteroide Didymos e sua lua Didymoon, com o objetivo de chocar a nave com um dos pequenos objetos para descobrir se é possível desviar a órbita de um asteroide — caso o teste seja bem sucedido, saberemos ao menos uma maneira de tentar mandar para longe algum asteroide destruidor que porventura venha em nossa direção no futuro. Só que, ao fazer isso (o que deve acontecer em 2022), será causada uma explosão com energia equivalente a três toneladas de TNT — o que gerará muitos detritos sendo lançados ao espaço em alta velocidade.
A maioria deles acabará seguindo a órbita do asteroide, mas não é impossível que alguns desses pedaços atinjam velocidades maiores, fazendo com que eles se libertem da atração gravitacional do objeto maior e cheguem à Terra dentro de 15 a 30 dias após o impacto. Se isso acontecer, a NASA acabará causando uma chuva artificial de meteoros — que seria a primeira produzida por atividades humanas no espaço, em toda a história.
E por falar em chuva de meteoros… no ano passado, uma empresa japonesa lançou um satélite à órbita da Terra, carregando esferas para então jogá-las contra a atmosfera terrestre, com o objetivo de criar uma chuva de meteoros artificiais. Isso deveria acontecer pela primeira vez neste ano de 2020, mas a empresa adiou os planos, pois o satélite está passando por "problemas técnicos" e será necessário lançar um novo. Pode ser que isso aconteça apenas em 2023. Agora, por que a empresa está fazendo isso? A ideia é oferecer chuvas de meteoros artificiais para grandes eventos, algo como uma evolução dos espetáculos com fogos de artifício para o século XXI.
NASA quer que outros países participem do retorno à Lua

A agência espacial dos EUA está abrindo seu Programa Artemis para que outras nações se envolvam no retorno triunfal da humanidade à superfície lunar. Um acordo foi proposto a países que desejam cooperar com a missão de exploração sustentável da Lua, desde que sigam uma série de princípios para garantir um futuro "seguro, próspero e pacífico" no espaço.
Entre esses princípios, está o uso de recursos espaciais com finalidade exclusiva para a exploração de outros mundos. Isso significa que a NASA não quer que parceiros que cheguem à Lua por meio de seu programa Artemis extraiam recursos naturais do nosso satélite natural para trazê-los à Terra. Pode ser que isso seja autorizado apenas para quem desejar usar tais recursos por lá mesmo, como, por exemplo, na produção de materiais de construção a partir do regolito lunar, ou na produção de combustível ao se extrair hidrogênio da água congelada que existe em crateras escuras nos polos lunares.
Ainda, a NASA exige que qualquer país parceiro nessa empreitada histórica descreva publicamente suas políticas e planos espaciais. Outra exigência é que os parceiros se comprometam em divulgar publicamente os dados científicos obtidos, "garantindo que o mundo todo possa se beneficiar" disso.