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CASO FEIRA DE SANTANA

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No Nordeste brasileiro, onde a casuística ufológica é bastante rica, também encontramos casos em que naves alienígenas se acidentaram durante seus voos, deixando vestígios que desapareceram tão rapidamente quanto surgiram.

 

O Caso Feira de Santana foi um evento ufológico ocorrido na cidade de Feira de Santana, segunda maior cidade do estado da Bahia, no dia 12 de janeiro de 1995. É um dos mais famosos casos da ufologia brasileira. Com grande repercussão na mídia, até hoje intriga pesquisadores pela consistência dos fatos.

Durante alguns anos esta ocorrência tornou-se um completo mistério para a Ufologia, mas atualmente conta com subsídios que revelam cada vez mais a política de acobertamento da qual já falamos e conhecemos.

Antecedentes

Em janeiro de 1995 houve alguns casos que antecederam o principal, no distrito de Maria Quitéria, região norte do município. Um estudante que caminhava em uma estrada no final da tarde, havia visto um objeto cilíndrico, preto, semelhante a fuselagem de um avião, porém, sem asas, e que flutuava no matagal próximo às cercas de uma chácara. Alguns dias depois, um grupo de amigos que estava voltando de uma festa de madrugada na Avenida do Contorno norte, viu uma estranha luz no céu que de repente se fragmentou em três e cada uma tomou uma direção.

A queda do UFO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na madrugada do dia 12 de janeiro de 1995, foi visto um objeto luminoso caindo verticalmente em uma fazenda no distrito de Jaíba, região leste da cidade. Segundo testemunhas, o objeto emitia luzes que variavam entre o verde e o vermelho. Logo após a queda do OVNI, ocorreu um enorme apagão na energia elétrica que se estendeu por dezenas de cidades próximas, e segundo outra testemunha, atingiu até a fronteira com o Estado de Sergipe. Um fazendeiro chamado Beto Lima, que morava próximo, encontrou o objeto na Lagoa de Berreca. Ele descreveu como sendo um “objeto metálico com o tamanho de um fusca e ficou boiando, parcialmente submerso, perto da margem. Tentei puxá-lo com uma vara, trazendo-o para perto de mim”. Ele avistou no objeto uma escotilha, que se abriu e saiu de dentro uma substância gosmenta, e em seguida saiu um ser peludo, de baixa estatura e com garras, semelhante a um bicho-preguiça. O fazendeiro avistou dentro da nave um outro ser, que já estava morto sobre um painel eletrônico. Ele descreveu esse ser como de baixa estatura, semelhante a um feto de uma criança. Era uma aparência estranha, revelando a sua origem não humana embora seu aspecto lembrasse um feto humano. Já o que estava vivo gemia muito e era semelhante a um bicho preguiça, peludo e com garras muito compridas. Segundo ele, as criaturas encontradas mediam cerca de 90 cm.  O fazendeiro ainda relatou que tinha guardado em sua propriedade alguns destroços do aparelho e que estes eram de metal de cor muito semelhante a ouro.

 

Em seguida, Beto levou os dois seres para dentro de sua casa e avisou por telefone as autoridades. Por volta de 5:30 da manhã, a população da região avistou comboios do exército circulando na região. A princípio nenhum dos soldados sabia do que se tratava, era uma operação sigilosa. Ao chegar no local, os soldados invadiram a casa de Beto e vasculharam tudo. Ao encontrar as criaturas, eles carregaram para o caminhão. As criaturas foram descritas pelos soldados como um ser semelhante a um bicho preguiça, mas estranho. Estava ferido e estendendo a mão para um dos soldados como se tivesse pedindo ajuda, mas não emitia voz. O outro foi descrito como um ser parecido com uma criança desnutrida, tinha olhos grandes e traços físicos não humanos.

Os soldados vasculharam mais a área, e ao chegar na lagoa de Berreca encontraram e recolheram o objeto, que segundo os soldados era bastante leve. Colocaram em outro caminhão e aguardaram novas instruções. Depois de alguns minutos um helicóptero e outro caminhão chegaram ao local, então desceram agentes do serviço secreto da Marinha que transferiram os corpos para o helicóptero, e a nave para o caminhão baú, este não possuía qualquer identificação. Os funcionários da fazenda foram ameaçados e orientados a manter o sigilo do caso. Por anos pesquisadores foram investigando os fatos que iam sempre se confirmando, e descobriram o envolvimento dos Estados Unidos no caso. Um satélite americano havia detectado o objeto em Feira de Santana e avisado aos militares brasileiros sobre a queda do ÓVNI na região. Pelo fato das testemunhas terem sido frequentemente ameaçadas, dificultou as investigações, mas os pesquisadores acreditam que os corpos e a nave foram mandados para os Estados Unidos. Uma das conclusões mais intrigantes é sobre o "bicho preguiça", se era realmente um ser inteligente trabalhando junto com os ETs humanoides ou um bicho preguiça capturado pelo OVNI para estudos. O caso do bicho preguiça foi semelhante a um caso ocorrido na Venezuela. O caso é um dos mais importantes da ufologia brasileira e ganhou ampla cobertura da mídia da época.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fatos Posteriores

Após o caso, houve muitas manifestações no espaço aéreo e terrestre feirense. Testemunhas notaram uma movimentação incomum de veículos do exercito nas cidades da região de Feira de Santana, na zona rural da cidade, e vindos da capital Salvador. Houve um estranho movimento de helicópteros no espaço aéreo da cidade nos dias posteriores e o estranho apagão de energia elétrica jamais foi divulgado as reais causas.

Os ufólogos Valmir de Souza, também do G-PAZ, Vicente Cardoso, do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), e Emanuel Paranhos, da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), se envolveram nas investigações, pois se confirmado, este seria o caso ufológico do século.

 

Dando início às pesquisas, Paranhos telefonou para a casa do fazendeiro, para confirmar a ida do grupo ao local da queda. Ao se identificar, foi atendido rispidamente pela esposa do fazendeiro, que desmentiu os fatos, pedindo que não procurássemos mais seu marido, e acrescentou ainda que, por causa das “loucuras” que havia dito, recebia constantes visitas de estranhos. Ela insistiu para o fato de que o relato de Beto não era verdadeiro. “Ele costuma beber muito e dizer coisas sem fundamentos”, disse.

Vários repórteres das emissoras locais já tinham ido à propriedade do casal desde que o fazendeiro espalhou a notícia à Imprensa, mas a esposa de Beto sempre desmentia a história contada pelo marido. Tal caso poderia realmente ser apenas invenção de alguém tentando se autopromover por motivos financeiros. No entanto, vários detalhes narrados por Beto Lima fizeram crer que algo muito estranho estava acontecendo ou já havia acontecido. Um aspecto que contribui para  a suspeita foi o fato de o fazendeiro ter descrito com tantos pormenores os seres que encontrou, uma vez que não poderia possuir conhecimentos sobre criaturas alienígenas distintas e raramente observadas juntas. Sua descrição deveria ter um aspecto mais lógico, pois se tratava de um homem humilde que, no máximo, teria acesso somente às informações mais triviais, contidas na literatura ufológica. Assim, as investigações continuaram, sendo que, nos dias seguintes, Paranhos tentou inúmeras vezes entrar em contato com o fazendeiro. Mas, desta vez, até mesmo Beto, desligava o telefone quando percebia do que se tratava. Este fato levou a acreditar que seu alarde à Imprensa poderia ter despertado outros interessados no assunto, principalmente dos meios militares, como sempre ocorre. Em geral, quando as autoridades descobrem um fato como esse, vão imediatamente ao palco dos acontecimentos e impedem as testemunhas de confirmar o que se passou. Ufólogos e Imprensa são os que devem ser mantidos a maior distância. Na época, por causa da reticência de Beto, não conseguiram maiores detalhes sobre o caso. Mas continuaram investigando-o e buscando outras evidências que o comprovassem.


Blecaute Elétrico — Na medida em que o tempo foi passando, surgiram novos fatos que reforçavam as suspeitas de uma forte ação militar por trás de toda dificuldade de se obter provas sobre o episódio de Feira de Santana. Certo dia, a senhora Ana Becker comentou um fato que  ajudaria bastante. Disse que seu ex-cunhado, residente na cidade em que se deu a queda, contou-lhe que um funcionário da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) fez alusão ao caso. Ele verificava uma rede elétrica danificada por causa de um blecaute, na madrugada do dia 12 de janeiro de 1995, dia do acidente, quando viu sair do quartel do 35º Batalhão de Infantaria três caminhões com vários soldados, em alta velocidade. Ao notarem sua presença, os militares pararam os veículos e pressionaram o rapaz para que não comentasse absolutamente nada do que tinha visto.

De posse dessas informações, Emanuel Paranhos e Alberto Romero foram a Feira de Santana para entrar em contato com o o ex-cunhado de Ana Becker, a fim de confirmar as informações obtidas. Marcaram uma visita à casa do rapaz e, assim que chegaram ao local, coincidentemente encontraram na propriedade o mencionado funcionário da Coelba e, logo depois, seu supervisor e um gerente de operações da empresa. Assim, concluíram que o ex-cunhado poderia tê-los alertado sobre a visita, ou seu telefone estaria grampeado. De qualquer maneira, começaram a questioná-los sobre os acontecimentos daquela madrugada, mas, inicialmente, todos negaram qualquer conhecimento do fato. Somente após muita insistência é que disseram lembrar do blecaute. Contudo, afirmaram que não havia qualquer ligação com a história de Beto – que, segundo um deles, teria ocorrido um mês após o apagão. Perguntaram então se haveria possibilidade de se obter uma cópia das ordens de serviço daquele período, para confirmar a data da ocorrência. Mas os funcionários da Coelba alegaram que tais ordens não ficavam arquivadas por tanto tempo. Mais tarde ficaram sabendo que os chefes da empresa também tinham sido coagidos para não falarem sobre o episódio daquele dia.

No mês de janeiro daquele ano ocorreram dois blecautes em Feira de Santana. O primeiro no dia 02, que em nota à Imprensa a Coelba afirmou ser um fato já resolvido. Disse ainda que ressarciria os moradores que tiveram seus aparelhos eletrônicos danificados por conta do evento. Neste caso, os relógios de controle da empresa oscilaram muito durante a madrugada, mas tanto ela quanto a Companhia Hidroelétrica de São Francisco (CHESF) não sabiam o que tinha causado o fenômeno. Seria o início das atividades ufológicas em Feira de Santana? O segundo blecaute ocorreu na madrugada do dia 12, e acredita-se que tenha sido provocado pela própria companhia para acobertar com segurança a operação de resgate do UFO acidentado. Foram estas operações as observadas pelos funcionários da Coelba.

Carta Anônima — Por outro lado, um informante do G-PAZ, que teve acesso aos computadores da empresa e aos seus arquivos microfilmados, afirmou que os registros daquela data tinham sido apagados. O caso ficou sob suspense, até que em 1998 surgiram outros fatores que corroboraram algumas questões levantadas desde o início das investigações, em janeiro de 1995. Os ufólogos concederam algumas entrevistas para a rádio Sociedade da Feira de Santana e, em uma dessas ocasiões, revelaram o caso ao público, discorrendo sobre o trabalho do G-PAZ na região durante os últimos anos. A pretensão era obter maiores informações de pessoas que ainda desconheciam as investigações do grupo e inquietar os encarregados na manutenção da política de sigilo aos fatos. Isso atraiu os membros da Equipe de Estudos do Fenômeno Extraterrestre (EFE) e da Sociedade de Estudos Ufológicos de Feira de Santana (SEUFS), que foram os únicos a se prontificar em colaborar. Dias depois da primeira entrevista, uma carta anônima foi enviada ao G-PAZ para o endereço daquela estação de rádio, revelando detalhes que complementavam o relato do fazendeiro Beto Lima.

Na correspondência, assinada apenas por alguém que se identificara como “um amigo”, havia o relato de que há três anos havia caído um UFO em Feira de Santana. O tal amigo afirmava ter presenciado tudo o que ocorrera, participando, inclusive, da operação de resgate. “Houve pelo menos duas corporações envolvidas no resgate do UFO, e foram enviados todos os esforços para que nada vazasse. Os membros da operação foram até mesmo ameaçados de prisão se a notícia viesse a ser divulgada”, descreveu o missivista anônimo. “Só estou contando isso porque não aguento mais a pressão e preciso desabafar!”. Após ler a carta os ufólogos resolveram procurar novamente Beto, supondo que pudesse ser ele mesmo o autor do desabafo. Chegando até sua propriedade e o encontraram bastante nervoso com nossa presença.

Quando o interrogaram, ele tentou confundí-los dizendo que o homem que procurávamos era outro Beto, um tal de Paulo Humberto, proprietário de uma fazenda em Jaíba, localidade vizinha onde se situava a Lagoa Berréca. Ao perceber que não tinham acreditado em seu discurso, assumiu finalmente ser quem procuravam. E afirmou novamente que não gostaria de se envolver com o caso, por medo do que poderia acontecer a sua família. Por ser sargento reformado, recebia constantes ameaças dos oficiais da Marinha brasileira caso não mantivesse sigilo. Mesmo assim, durante a conversa Beto disse que o UFO encontrado possuía um sistema de camuflagem que utilizaria uma espécie de espelho para refletir a paisagem ao seu redor, fazendo com que se confundisse com o meio. Isso dificultaria sua localização imediata.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                Localização por satélite da Fazenda e da Lagoa                                                          Lagoa Berreca

Mencionou a existência de locais numa região próxima à fazenda que chamava de “portais dimensionais”, no município Riachão do Jacuípe. Por fim, disse que há tempos vinha sofrendo de insônia e, assim como seus filhos, tinha sangramentos nasais. “Sempre acordo de madrugada com muita dor de cabeça, e quando vou para a varanda, vejo várias luzes próximas ao coqueiro. Um vizinho disse-me que também já pode vê-las”. Depois daquele encontro não tiveram mais notícias suas. No ano seguinte, em 1999, novos fatos surgiram para corroborar a história. Os ufólogos receberam a cópia de uma correspondência assinada por “um soldado brasileiro”, que revelava outros detalhes da operação militar de resgate dos corpos e fragmentos da nave acidentada na propriedade de Beto. A missiva também foi enviada para um programa do SBT que tinha divulgado o Caso Varginha, e para a jornalista Maria de Fátima Dannemann, de Salvador. Segundo o relato, “... na madrugada do dia 12 de janeiro de 1995, por volta de 01:30 h, houve um apagão em Feira de Santana, atingindo cidades localizadas até a divisa da Bahia com Sergipe. Pouco depois, chegou uma mensagem ao comando de minha unidade militar. Saímos às 05:30 h da manhã, em três caminhões, rumo ao interior. Alguma coisa tinha acontecido numa fazenda das redondezas”. Pelo que tomamos conhecimento no espantoso relato, quando os soldados chegaram ao local do acidente não havia sinal de incêndio ou fumaça, o que caracterizaria queda de um possível avião. Segundo o tal “soldado brasileiro”, todos os militares trabalharam calmamente no resgate. Apenas o comandante parecia estar muito nervoso, e gritava com seus subordinados para que o acompanhassem até o interior da casa, que estava fechada.

Dizia ainda nosso informante, em sua carta anônima, que o empregado da fazenda atendeu prontamente ao batalhão, que estava armado com munições de guerra. Ao entrar na residência, os soldados começaram a vasculhá-la – até que, de repente, alguns dos homens saíram carregando um animal semelhante a um bicho preguiça, que se debatia muito enquanto era segurado. Atrás dele, outro soldado carregava o que pareceu ser uma criança de seis a sete anos, bem franzina e aparentando estar morta.


Metal Brilhante — Ambas as criaturas foram colocadas na carroceria de um dos caminhões, assim como pedaços de metal brilhante encontrados no chão da propriedade. “Enquanto as criaturas eram colocadas em sacos de lona plástica, um dos soldados fez sinal da cruz e exclamou: ‘são seres de outro mundo!’”. O relato desse novo informante era tudo o que precisavam para continuar as diligências investigativas. Mas sua carta continha ainda mais informações. “O animal gemia e se contorcia procurando ajuda, pois estava ferido. Mas, olhando de perto, se via que não se tratava de um bicho preguiça. O outro ser era ainda mais assustador, pois seu rosto parecia com o de uma criança recém-nascida e tinha cerca de um metro de altura”.

Durante a operação de resgate, os soldados quase não conversavam sobre o que estava ocorrendo. Mas houve um momento, logo após a chegada de dois carros com homens à paisana, em que se ouviu alguém cochichar que eram do Serimar – o serviço de informação da Marinha brasileira. “Antes de sair para a estrada, paramos por alguns minutos até chegar um caminhão do tipo baú, sem nenhuma identificação. Nele colocamos as criaturas e, logo a seguir, um helicóptero pousou rapidamente para resgatar os corpos”, concluiu o soldado anônimo em sua carta. Após lermos esse relato, fomos até o Aeroporto Governador João Durval, em Feira de Santana, para saber se os funcionários tinham visto um helicóptero militar realizando operações naquela data. Mas nada havia sido presenciado. Por outro lado, uma fonte militar sigilosa confirmou que no início da madrugada daquele dia havia sido acionado um grupo do Salvaero [Esquadrão de busca e salvamento] da Base Aérea de Recife, para participar da operação.

 

As novas investigações que conduzíram levaram Paranhos e Alberto, neste momento, a outra área com açudes e um rio que atravessa e banha a propriedade que poderia ser o verdadeiro local da queda do UFO. Entrevistando vários moradores de regiões próximas a Feira de Santana, conseguiram subsídios que confirmam algumas de suas suspeitas, além de outros que deram novas conclusões às investigações. Entre estes indícios estão os dois relatos que foram enviados pelo universitário Marcus Ezequiel. O primeiro conta a experiência de três rapazes que afirmaram ter visto misteriosas bolas de fogo caindo dos céus em Feira de Santana, próximo à fazenda de Beto, em janeiro de 1995. “Por volta de 01:30 h da madrugada, Rubens, Antônio e Adriano voltavam de uma festa quando viram uma grande bola luminosa que parecia emitir flashes. Sua coloração variava do verde ao vermelho e o objeto descia verticalmente em grande velocidade. Após alguns segundos de observação, desapareceu no horizonte”. Segundo Ezequiel, os jovens concluíram que tal bola deveria ter caído em algum lugar das redondezas. Inclusive, os estudantes permaneceram no local por algum tempo, esperando que houvesse uma explosão decorrente da queda. Mas não perceberam absolutamente nada.

Dias depois, um estudante identificado apenas como Rodolfo afirmou que, por volta das 21:30 h, testemunhou dois objetos metálicos parecidos com aviões de caça, em baixa velocidade. “Eram estranhos, pois não possuíam iluminação ou qualquer símbolo que os identificasse. Fizeram seu percurso silenciosamente e a baixa altitude. Ao observá-los com um binóculo, tive a impressão de que eram totalmente negros, algo realmente incomum para aeronaves militares, principalmente brasileiras”. Rodolfo, narrado por Ezequiel, concluiu dizendo que as naves tinham formato triangular. Outra testemunha, desta vez o vaqueiro José, que trabalha na Fazenda Saco, afirmou ter visto um comboio militar vindo de Santanópolis, cidade próxima à Feira de Santana, na manhã seguinte ao blecaute. Disse também que, durante a tarde, um helicóptero a baixa altitude percorreu várias vezes as fazendas Nicurizal, Jaqueira, Saco, Pilão, Cariaçá e Gravatá (a verdadeira propriedade de Beto). José acha que o aparelho parecia acompanhar o curso dos rios e vales.

Helicópteros da FAB — Já num vilarejo próximo, Rodiador, um rapaz diz ter ouvido um som característico de helicópteros que, pela intensidade, julgou estar sobrevoando a área a baixa altura. Outras pessoas com quem conversamos num bar debeira de estrada também confirmaram a presença do aparelho percorrendo toda a região, como que a procura de algo. Para as testemunhas que interrogamos, mostramos fotografias de diversos tipos de aeronaves e elas foram determinantes ao identificar um helicóptero do tipo Bell Huey UH1, com cores verde e marrom, operado na época pela Força Aérea Brasileira (FAB). À 13 km daquele bar está a Fazenda Gravatá, que é cortada pelo Riachão Salgado e onde se encontra o Açude Jenipapinho.

Continuando nossa busca por testemunhas, encontramos na cidade de Santanópolis uma senhora que afirma ter visto, por volta das 06:30 h daquele dia, juntamente de duas moças, um comboio militar atravessando o vilarejo. Em dado momento, os caminhões passaram bem próximos a elas, permitindo que pudessem observá-los com maiores detalhes. Isso chamou sua atenção, pois na localidade não é comum a passagem de veículos militares. “O primeiro carro, com cinco pessoas, tinha um símbolo cinza que nunca tinha visto antes. Atrás dele, um jipe militar com uma ‘antenona’ apareceu seguido por um caminhão de soldados fechado com lona. Era um ‘mercedinho’ de um eixo só, com uma pequena plataforma atrás. Logo a seguir, vi outros dois carros com soldados”, declarou. Segundo descreveu, o caminhão baú parecia tratar-se de um veículo frigorífico, refrigerado, para transporte de gêneros perecíveis. Em sua plataforma traseira estavam sentados dois soldados armados com fuzis e vestindo coletes à prova de balas. Embora raro, este tipo de condução ainda é utilizada em algumas cidades para transportar peças de carne.

Nossa testemunha também afirmou que os militares usavam roupas verdes e marrons, e que seus carros tinham as mesmas cores – exceto o caminhão frigorífico, que era metálico. Estas são pistas muito importantes para o quebra-cabeças que estamos tentando montar. Ainda faltam muitos detalhes para encerrarmos nossas investigações, mas por tudo que já pesquisamos podemos deduzir grande parte do episódio do dia 12 de janeiro de 1995 e seus agravantes. Os satélites de vigilância norte-americanos teriam captado a queda de um ou mais UFOs, e depois de computadas as coordenadas do local onde isso se deu, teria estabelecido sua provável trajetória e ponto de impacto. Como sempre acontece nestes casos, é de se presumir que os militares dos EUA tenham comunicado o fato ao Governo brasileiro, e este, por sua vez, tenha enviado informações sigilosas e ordens de resgate ao comando mais próximo da área. No caso, tal órgão seria o Salvaero, na Base Aérea de Recife. Ao receber instruções, a entidade teria enviado tropas e equipamentos utilizados para o resgate, como os helicópteros Bell.

Envolvimento da Marinha — Como tais aeronaves possuem autonomia de vôo de apenas 400 km, e estando Recife à distância de 600 km de Feira de Santana, é evidente que tiveram que fazer um pouso técnico para reabastecer. Por fim, teriam se juntado às tropas do Pelotão de Operações Especiais do 35° Batalhão de Infantaria, já naquela cidade baiana. Pode também ter acontecido outro resgate naquela manhã, pois as testemunhas da área da Lagoa Berréca viram soldados correndo naquela direção. Isto talvez signifique o começo de uma operação “pente fino”, para remover qualquer fragmento da nave ou outras vítimas do acidente. Sendo assim, ficaria explicado o sobrevôo dos helicópteros, que coordenariam as buscas a partir do ar. Já as duas criaturas teriam sido encontradas na Lagoa Jenipapinho, da Fazenda Gravatá, e Beto teria dado falsas informações sobre a localização de sua propriedade – alegando ser na fazenda de Humberto – para que pensássemos que o objeto tivesse caído na Lagoa Berréca.

O envolvimento da Marinha brasileira na operação, como ficou constatado com o depoimento do “soldado brasileiro” e de Beto, teria se dado a partir de um alerta deste último a seus ex-companheiros de farda. Isso explicaria a chegada deles ao local, pouco depois dos soldados. Também podemos supor que, quando o fazendeiro começou a espalhar a notícia, por motivos econômicos, os próprios ex-colegas o pressionaram a calar-se. Talvez não quisessem que um sargento reformado da Marinha se tornasse um problema oficial, já que suas declarações e as prováveis provas e imagens do acontecido teriam um peso muito grande perante a Imprensa e a população.

Os ETs Resgatados de dentro do UFO que se acidentou na Lagoa Jenipapinho. O da esquerda, morto, se assemelhava a uma criança, com crânio muito desenvolvido. O outro, maior, parecia-se com um bicho preguiça e ainda estava vivo.

Por fim, se a Marinha efetivamente participou desta operação, não teria melhor local para esconder os corpos e destroços do que a Base Naval de Aratú, distante cerca de 100 km do local dos fatos. No início deste ano enviamos um fax para Beto contando as várias descobertas que já fizemos sobre o caso do dia 12 de janeiro de 1995. Mas, como das diversas vezes que nós tentamos contatá-lo, ele não se manifestou. Se durante esses cinco anos Beto Lima se negou a revelar todos os verdadeiros detalhes dos fatos de que tem conhecimento, agora se tornou ainda mais difícil. O fazendeiro foi candidato a vereador nas eleições passadas e tem aparecido com bastante destaque em várias campanhas publicitárias e jornais locais [Até a data do lançamento desta edição não tínhamos informação se o fazendeiro se elegeu ou não]. Com forte apoio político e bem visto pelos moradores da sua região, certamente não quer se envolver abertamente com um assunto tão polêmico quanto a Ufologia. Mas nossas investigações continuam e contamos cada vez mais com pessoas que se propõe a nos ajudar. A verdade geralmente incomoda. Contudo, é um risco que devemos assumir para que possamos acabar com a política de sigilo que impede a conscientização da sociedade acerca do Fenômeno UFO e um contato definitivo com os extraterrestres.

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